Como surgiu?
Os CLPs foram criados pela empresa General Motors na década de 60. Antes disto o mundo passava por uma grande revolução, onde os CI’s foram largamente explorados e evoluídos. Mas a automação industrial ainda utilizava seus grandes painéis de relés. Apesar de serem a melhor solução para a época eram de difícil manutenção, lentos e seus projetos demoravam muito a serem concluídos.
O que significa?
CLP é a sigla de Controlador Lógico Programável. Estes vieram para substituir os painéis de relés e controlar os sensores e atuadores por meio de uma programação pré-definida. Por outro lado, um acrônimo também a ser considerado é PLC, o termo do inglês Programmable Logic Controller. Na prática trata-se do mesmo aparelho, ou seja, falamos do mesmo assunto em ambos termos.
Como funcionam?
Este aparelhos são compostos basicamente de três partes:
- Entradas – por onde o equipamento sente o ambiente, por meio de sensores
- Processador – onde são armazenadas as programações da aplicação
- Saídas – envio de comandos para os dispositivos atuadores
Uma alusão que podemos fazer aos controladores é o próprio corpo humano. Nossos cinco sentidos são os sensores (entradas) se enviam informações para o cérebro (processador) que pode ou não atuar de acordo com a programação. E nosso corpo como um todo irá atuar de acordo com os comandos dados pelo cérebro. Assim temos um exemplo perfeito de como um controlador funciona.
Tanto as entradas como as saídas podem ser informações de duas formas: digital ou analógica. Tendo isto em mente podemos dizer que as entradas digitais são Sim/Não, ou em linguagem computacional, 0 ou 1. Este tipo de informação pode ser utilizada para quando um botão foi pressionado ou se uma válvula está ligada ou desligada, por exemplo. Já o tipo analógico pode trazer valores diversos, como por exemplo um termômetro que precisa trazer a temperatura ou volume de água de certo recipiente. Estas informações podem ser enviadas para o processador para alguma tomada de decisão ou também serem setadas pela saída.
laro que os CLPs não trabalham sozinhos, além dos sensores e atuadores eles precisam de um componente principal para orquestrar toda a aplicação, que é o sistema SCADA. Para isto o sistema SCADA deverá estar preparado para comunicar com cada controlador e ter os seus drivers para comunicar. Para saber mais como funcionam os drivers e como consulte o post Drivers para controladores.
Principais vantagens
Como já comentei os CLPs vieram para substituir os grandes painéis de relés que existiam nas indústrias na década de 60. Mas para entendermos melhor o poder de fogo destes pequenos aparelhos, vamos elencar algumas das diversas vantagens que eles proporcionaram quando chegaram no mercado:
- fácil manutenção
- redução drástica dos painéis elétricos
- proporcionaram projetos mais rápidos
- redução no consumo de energia
- processamento mais rápido
- proporcionaram operações matemáticas mais complexas
- comunicação com outros dispositivos
- maior confiabilidade, menos erros
- fácil diagnóstico de erros/problemas
- entre muitas outras
Alguns sensores
Vamos trazer aqui alguns exemplos de sensores e trazermos essa teoria para a prática:
- botão
- sensor indutivo – detecta materiais metálicos
- sensor capacitivo – detecta praticamente qualquer tipo de material próximo
- termopar – temperatura
- sensor óptico – detecta quando um feixe de luz é cortado
Alguns atuadores
Pneumáticos
Cilindros, válvulas ou solenoides
Hidráulicos
Cilindros, motor, bombas ou prensas
Elétricos
Motor, servo motor, trava elétrica ou cilindro elétrico
Alguns exemplos de fabricantes de CLPs
- Schneider Electric
- Siemens
- Rockwell Automation
- Delta
- Weg
- Omron
- ABB
- Advantech
- Fatec
- Festo
- Koyo
- Mitsubishi
- Panasonic
- Phoenix
- Crouzet
- Unitronics
- Wago
- GE